Goiás é o 3º estado com maior número de apreensões de cigarros contrabandeados neste ano, diz PRF

0
1310

O número de apreensões cargas de cigarros contrabandeados em Goiás cresceu, neste ano, quase 400%. Este dado, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), colocou o estado em terceiro lugar no ranking deste quesito, atrás apenas de Paraná e Mato Grosso do Sul. Por conta disso, o pátio da Receita Federal, em Senador Canedo, Região Metropolitana de Goiânia, está lotado com 80 veículos à espera de um destino.

“Goiás passa a ser uma rota aí preocupante, mas que as policias e a receita estão atentas. Já são cargas que seguem pro norte e nordeste do país”, explica Newton Morais, assessor de comunicação da PRF em Goiás.

No primeiro quadrimestre deste ano, segundo a PRF, quase cinco milhões de maços foram interceptados somente nas rodovias federais que passam por Goiás. A corporação já encontrou a mercadoria em caminhões de verduras, escondido em meio a grãos de soja ou em um compartimento secreto de um caminhão-tanque que levava óleo vegetal.

Ao menos metade dos caminhões apreendidos foi roubada e teve a numeração raspada ou as placas trocadas, o que dificulta a identificação dos verdadeiros donos. Algumas carretas chegam a custar até R$ 800 mil.

Goiás é o 3º estado com maior número de apreensões de cigarros contrabandeados neste ano, diz PRF — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Quando o veículo é proveniente de furto e o dono é identificado, ele é entregue, via trâmite judicial.

“Se nós chegamos à conclusão de que é um veículo proveniente de furto, de roubo, o veículo é encaminhado à autoridade judiciária para que ele seja entregue ao dono legítimo através do processo legal”, explica o auditor da Receita Paulo Koenow.

Porém, se ficar comprovado que o proprietário tem participação em crime ou não foi encontrado, o veículo pode ser leiloado ou virar sucata.

No ano passado, mais de 270 milhões de maços foram apreendidos em todo o país. A Receita Federal estima um prejuízo de mais de R$ 2 bilhões somente em impostos que deixaram de ser arrecadados.

“A gente não tem que enxergar isso só como um contrabando, tem outros crimes conexos. [Os impostos] poderiam ser aplicados em saúde, em segurança, em educação e outras finalidades”, afirma o auditor fiscal da Receita, Guilherme Renovato.