A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na noite desta sexta-feira, 28/05, que a bandeira vermelha, no patamar 2, será acionada a partir hoje 01 de junho. Isso significa que a tarifa sofrerá acréscimo de R$ 0,06243 para cada quilowatt-hora kWh consumido, fazendo com que as contas de luz fiquem mais caras.
Segundo nota da Aneel, o mês de maio foi o primeiro da estação seca nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN) e registrou “condições hidrológicas desfavoráveis”. Nesta sexta-feira, o Sistema Nacional de Meteorologia emitiu um alerta conjunto de emergência hídrica para a área da Bacia do Paraná, que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
O mês de junho vai começar com os principais reservatórios do SIN em níveis mais baixos do que o ideal para esta época do ano, o que tende a significar redução da geração de energia por hidrelétricas e o aumento da geração por termelétricas, o que encarece o custo da produção.
“Essa conjuntura pressiona os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD), levando à necessidade de acionamento do patamar 2 da Bandeira Vermelha. O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada”, informa a nota.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel e sinaliza o custo real da energia gerada. Segundo a agência, a as cores verde, amarelo e vermelho (nos patamares 1 e 2) indicam ao consumidor se a energia custará mais ou menos em função do custo da geração e possibilitará que ele tome medidas para economizar no consumo ou efetuar um consumo mais consciente.
Em Goiás os produtores sofrem prejuízos com a falta de energia elétrica
Os produtores do agronegócio de Goiás, sofrem com a queda de energia elétrica, chegando a ponto de se revoltarem com a Enel, concessionária que detém o monopólio do sistema de energia elétrica do Estado.
No Começo deste ano, em Orizona, Sudeste de Goiás, um produtor rural derramou 50 litros de leite na central de atendimento da Enel. A atitude foi motivada pelas constantes quedas de energia em fazendas da região durante uma semana. Cerca de 100 leiteiros enfrentam o mesmo problema. “Hoje trouxe 50 litros. No dia que eu tiver que jogar um litro fora, vai vir o leite todo”, disse o produtor rural Vanderson Caixeta, enquanto despejava o leite no chão.
Segundo relatos dos produtores, aproximadamente 100 fazendeiros se encontram na mesma situação e precisam descartar o leite. Eles reclamam que a luz vem e volta várias vezes durante o dia, o que compromete o resfriamento correto nos tanques de armazenamento de leite.
No Município de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, um dono de uma granja, amargou perda de 10.000,00 (dez mil) frangos por falta de energia elétrica.
Em Pires do Rio, no Sudeste do Estado, outra granja ficou 30 (trinta) horas sem energia elétrica e também perdeu 10 mil aves. O empresário Wilson Cirilo de Almeida estima prejuízo de R$ 150 mil.
Sobre a falta de energia nestas granjas, a Enel explicou em nota, que a energia elétrica foi interrompida por causa das fortes chuvas, na época, que estragaram a rede da companhia, mas que o problema foi solucionado.
Fonte: Goiás Notícias / G1 GO
Edição: Wilson Barbosa – Jornal Cidades
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